sábado, 9 de abril de 2011

Agora Nós Somos o País da Copa


Sessenta e quatro anos após sediar a quarta copa do mundo de futebol, o Brasil será novamente palco deste grande evento, agora sediando a vigésima copa do mundo em 2014. É um momento de grande expectativa para todos os torcedores deste país já consagrado o país do futebol. Muitos que viram o maracanã ser construído para comportar a Copa de 1950 e tiveram a oportunidade de ver grandes estrelas do futebol se sagrarem para a história já não estão mais conosco, porém alguns ainda relembram aqueles áureos momentos que, infelizmente, acabou em grande decepção quando, em pleno Maracanã, a seleção brasileira sofreu uma derrota de 2 x1 para a seleção do Uruguai na decisão daquele mundial. Mais de duzentos mil torcedores que ali estavam para ver o Brasil ser pela primeira vez campeão do mundo voltaram frustrado para casa. E o que mais machucou foi o fato de que naquela ocasião precisava-se apenas de um empate.

De lá para cá muitas coisas aconteceram no cenário mundial, tanto em relação ao futebol como no âmbito social e político em geral. E essas mudanças precisam ser discutidas, afinal de contas, sediar uma copa do mundo não é só uma questão de ter um bom futebol, mas também uma questão de infraestrutura para acomodar tantas pessoas vindas de todas as partes do mundo. Como então preparar o país para um evento desta grandiosidade? Com  a  palavra as autoridades responsáveis e tmabém os formadores de opinião. Há tantos problemas de infraestrutura que precisam ser resolvidos até 2014 que, segundo a opinião de alguns, será um evento causador de grandes transtornos.

Para começar temos o problema dos estádios de futebol nas cidades principais deste país, os quais não são dos piores, mas falta segurança, conforto e melhor acessibilidade. Muitos deles , segundo a opinião de especialistas do assunto, não têm condição de serem usados nos jogos, principalmente devido ao problema na acessibilidade. O caso mais concreto é o da cidade de São Paulo, cujo principal estádio, o Morumbi, já foi descartado como possibilidade por inspeção da Fifa.. Fica, portanto, a cargo dos administradores públicos apresentar as reformas necessárias ou o projeto de construção de novos estádios nas megalópolis deste país imenso.

Outro problema grave é do transporte. Só para ficar no caso da principal cidade deste país, São Paulo, basta alguns minutos de chuva forte e a cidade para. Os nossos aeroportos viram um caos nos feriadões, quando a demanda aumenta. A malha ferroviária mostra-se insuficiente para transportar mesmo os nossos trabalhadores. Como, então, conseguiremos transportar, com um mínimo de conforto, tantos turistas em dias de semana, quando houver jogo por aqui?

Além dos problemas supracitados, temos outros como a criminalidade, a deficiência no sistema de informações e a falta de profissionais qualificados, principalmente bilíngues, para prestar serviços de qualidade em diversos setores como hospitais, hotéis e lojas.

Mas não podemos só ficar nos problemas. Há muitos ganhos para uma nação que sedia uma Copa do Mundo de Futebol. Além das muitas oportunidades de emprego, vamos mostrar ao mundo o que temos de melhor, nosso povo, história, costumes e pontos turísticos. Sem falar da emoção de ver a nossa seleção mostrar a riqueza de seu futebol em sua própria casa.

Para todos os brasileiros, 2014 será um ano mágico, um marco na história de nosso país e queremos viver intensamente a alegria de ver o espetáculo do nosso futebol, bem aqui, pertinho de nós, quando provavelmente explodirá o grito do hexa, preso há oito anos em nosso peito. Já imaginamos o Maracanã lotado para a decisão final, como muitos tiveram a oportunidade de ver em 1950. Brasil x Uruguai? Esperemos para ver.











sexta-feira, 8 de abril de 2011

Jesus, Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem (parte 3)



A MORTE VICÁRIA E A RESSURREIÇAO DE CRISTO


“A penalidade do nosso pecado e rebelião é a morte. Jesus apresentou-se e disse: ‘Eu sofro essa morte’. Quando eu me encontrar na entrada dos céus e me pedirem a senha, sabem o que irei responder? Não irei dizer: ‘Senhor, preguei a grandes multidões’. Não direi: ‘Senhor, li a Bíblia toda’. Não vou dizer: ‘Senhor, casei-me com uma senhora muito crente. Venho confiando nas boas obras dela’. Irei dizer: ‘Senhor, eu apelo para o sangue, porque o sangue de Jesus, o seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (Billy Graham).

1. A morte vicária de Cristo. A morte de Jesus não foi um acidente ou o resultado de uma trama armada pelos judeus contra Ele. Cristo também não morreu como um mártir, definitivamente não. A cruz não foi apenas uma forma dramática de Deus externar a sua repulsa ao pecado e seu incomensurável amor pelos homens, não. A morte na cruz foi o único recurso, totalmente satisfatório, que Deus, em sua infinita sabedoria, encontrou para redimir o homem caído.

A morte de Jesus foi vicária e substitutiva. Assim escreveu o apóstolo Pedro em sua primeira carta: “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus...” (3.18). Ainda o mesmo apóstolo: “Levando ele mesmo em seu corpo os nosso pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados” (2.24). Ademais, a morte na cruz foi predeterminada (At 2.23), voluntária (Jo 10.17), sacrificial (1 Co 5.7), propiciatória (1 Jo 4.10) e redentora (Gl 4.4,5). Bom, como diz a letra de um hino antigo: “A cruz que ele levou não era sua, era minha, era tua, era de Barrabás”.

2. A ressurreição de Jesus. Alguém disse uma vez: “O Cristianismo não seria mais do que uma religião, como outra qualquer, se cristo não tivesse ressuscitado dentre os mortos”. Perfeito. A ressurreição corporal e física de Jesus é o alicerce da fé que pregamos. Paulo procurou deixar isso bem claro. Escrevendo aos coríntios, disse o apóstolo: “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (1 Co 15.17).

“Mas agora Cristo ressuscitou”, continua o apóstolo. As provas estão aí para quem quiser ver: a) O sepulcro está vazio (Lc 24.3); b) Jesus apareceu a Maria Madalena, às mulheres, a Pedro, aos dois discípulos no caminho de Emaús, aos discípulos no Cenáculo, a Tomé, a João e depois a todo o grupo (Jo 20.16; Mt 28.5,8, 9; Lc. 24.13,14, 25-27, 30-32; Jo 20.19,26, 29; 1 Co 15.4-7); c) A transformação ocorrida em seus discípulos e nas obras realizadas por eles (At 2; 3; Mc 16.17); d) a descida do Espírito Santo e no testemunho de Pedro no dia de Pentecostes (At 2); etc. O grande problema de muitos críticos da ressurreição é que eles não acreditam em milagres, e essa doutrina depende da realidade do sobrenatural para subsistir. Por mais que o diabo e seus asseclas se esforcem para levar a doutrina da ressurreição ao descrédito, vão sempre se achar diante de um dilema: UM TÚMULO VAZIO.



CONCLUSÃO

Verdadeiro Deus e verdadeiro homem, somente Jesus pode ser mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5). Somente Ele pode fechar o abismo que existe entre um Deus santo e homens pecadores, e uni-los na reconciliação e união salvífica.



Meu amigo "Setembo"


A vida no canavial era dura e humilhante. Todos tínhamos vontade de largar tudo e ir em busca do emprego dos sonhos. Mas naquelas circunstâncias, não havia alternativa à vista. Sonhávamos então. Sonhar não custa nada e, como dizia o poeta, dá ao homem o dom de suportar o mundo nos ombros. “Quem sabe um dia o emprego na cidade grande”. Poderia de ser de faxineiro, ajudante de pedreiro, cobrador de ônibus ou garçom... qualquer coisa que pusesse fim àquela semi-escravidão.

Dentre todos, “Setembo” era o que mais sonhava. Ele era um sujeito forte, muito trabalhador  e muito tagarela também. Ainda não sei a razão por que lhe puseram este apelido – o nono mês do ano sem a letra “r" -; sei dizer, isso sim, que "Setembo" era muito boa gente, apesar das histórias mirabolantes que costumava contar.

Um dia, no final da moagem – colheita da cana-de-açúcar, que acontece de setembro a fevereiro todos os anos –, Setembo, todo entusiasmado, disse-me: “Eu tenho um parente no Recife que está vendo um emprego lá para mim. Quero, desde já, despedir-me. Na próxima moagem, não conte comigo neste inferno.
Fiquei contente pelo amigo: ele estava dando um salto para melhor. Fiquei triste por mim: eu estava perdendo a companhia de todos os dias.

Os seis meses de plantio se passaram. Nesse período, que vai de março a agosto, os trabalhadores, a maioria deles, são demitidos e só voltam ao trabalho na moagem seguinte. Agora, uma nova colheita estava começando. De volta ao canavial, logo no primeiro dia, qual não é a minha surpresa quando dou de cara com Setembo – não sei se para minha alegria ou para minha tristeza.

Oxente, Setembo, e o emprego no Recife? – perguntei, sarcástico.
Ele me olhou de soslaio, soltou uma expiração do mais fundo do peito e desabafou:
É, meu amigo: quem nasceu “pra” ser boi nunca vai ser leão.



quinta-feira, 7 de abril de 2011

Jeus, Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem (parte 2)

 OS TRÊS OFÍCIOS DE CRISTO

1. O Profeta que havia de vir. Já no ocaso de seu ministério, Moisés, o protótipo de todos os profetas, vaticina: “O Senhor, vosso Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis... Eis que lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca e ele lhes fará tudo o que eu lhe ordenar” (Dt 18. 15,18). Cerca de 1450 anos depois, do meio de uma multidão, assombrada por ver Jesus de Nazaré ressuscitar o filho de uma viúva, ouve-se essa declaração estupenda: “Um grande profeta se levantou entre nós” (Lc 7.16).

Os Judeus, seguidores de Moisés, não podiam imaginar que o grande legislador de Israel se referia a Cristo, o Salvador do mundo. Para eles, a profecia de Moisés se cumprira em Josué, o que era verossímil. Todavia, Pedro, no capítulo 3 de Atos dos Apóstolos, apresenta Jesus a uma multidão assombrada pela cura de um coxo, como o profeta semelhante a Moisés (vv 22,23). Deixa claro o apóstolo que Jesus foi o real cumprimento dessa profecia.

“Seria natural dizer que Josué cumpriu essa profecia. Josué, o seguidor de Moisés, realmente veio depois deste e foi um grande libertador de seu tempo. Surgiu, porém, outro Josué (na língua hebraica, os nomes Josué e Jesus são idênticos). Os cristãos primitivos reconheciam Jesus como o derradeiro cumprimento da profecia de Moisés” (David R. Nichols [Teologia Sistemática / Edição de Stanley Horton / CPAD / P 308]).

Há realmente muita semelhança entre o ministério de Jesus e Moisés. 1) Moisés foi ungido pelo Espírito (Nm 11.17); Jesus disse: “O Espírito do Senhor está sobre mim e me ungiu...”(Lc 4.18). 2) Moisés introduziu a Antiga Aliança; Jesus introduziu a Nova Aliança. 3) Moisés libertou Israel da escravidão do Egito e estabeleceu o pacto de seu relacionamento com Deus; Jesus libertou seu povo da escravidão do pecado e das garras de Satanás e nos reconduziu a Deus. 4) Moisés conduziu o povo à lei, como o meio de se receber a benção de Deus; Cristo chamava o povo a si mesmo e ao Espírito Santo como meio de se receber a bênção divina (ver Bíblia de Estudo Pentecostal / Nota “Um Profeta”, p 1635).


2. O Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque. No AT, o sacerdócio era um dos três ofícios sagrados entre os judeus, e o sacerdote era alguém tomado dentre os homens, constituído a favor dos homens, nas coisas concernentes a Deus para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados (Hb 5.1). Tinha que ser tomado da tribo de Levi, dentre os filhos de Arão, primeiro sumo sacerdote de Israel (Ex 28.1).

Quem era Melquisedeque? Não há na Bíblia muita informação sobre este misterioso personagem, motivo de haver tanta especulação a seu respeito. Todavia temos informação de que ele era rei de paz e de justiça (Hb 7. 1,2) e sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.18; Hb 7.1). Tais funções lhe conferiam grande dignidade e autoridade, tanto que chegou a abençoar Abraão e receber dízimos deste (Hb 7.4,6). Melquisedeque não tinha genealogia (Hb 7.3) e, por atuar em tempo bem anterior à dispensaçao da Lei, era de uma ordem sacerdotal diferente da de Arão.

Obs. O fato de o sacro escritor dizer que Melquisedeque era sem pai e sem mãe não significa que ele fora gerado de forma especial, que não tivesse parentes, ou que fosse um ser divino. Apenas as Escrituras não mencionam a sua genealogia, lançando muito mistério sobre o seu começo e o seu fim. È desta forma que ele serve como figura do eterno sacerdócio de Cristo.

O sacerdócio de Cristo não é segundo o de Arão, porque este era imperfeito e exercido por homens pecadores. A liturgia, o culto e as ofertas eram apenas sombra das coisas futuras (Hb 10.1; Cl 3.17), portanto ineficientes para aperfeiçoar (Hb 7.11, 19). Outrossim: o sacerdócio arônico foi constituído em grande número de sacerdotes que se sucediam em virtude de serem impedidos pela morte (Hb 7.23). Porém, a semelhança de Melquisedeque, se levantou outro sacerdote (Cristo), “que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas segundo a virtude da vida incorruptível. Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb 7.16,17).

Melquisedeque e seu sacerdócio são uma prefiguração do sacerdócio eterno de Cristo porque 1) Jesus, como Melquisedeque, é anterior a Levi, Arão e todos os sacerdotes levitas, portanto maior do que todos eles; 2) Jesus não era descendente da tribo de Levi e sim da tribo de Judá, da qual ninguém serviu o altar (Hb 7.13,14); 3). As Escrituras não mencionam a genealogia de Melquisedeque, nem diz nada a respeito de seu começo e fim. Por isso ele é tido como um tipo do sacerdócio eterno de Cristo (Hb 7.3). Portanto o sacerdócio de Cristo, sendo diferente da ordem de Arão, é perfeito, como bem explicitou o sacro escritor: “Porque nos convinha que tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus, que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer a cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois, pelos do povo, porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo” (Hb 7.26,27).


3. O Rei dos reis. Jesus é o legítimo herdeiro do trono de Davi (Is 11.1-10). O seu reino não será jamais destruído, não passará a outro povo, porquanto foi estabelecido para sempre sobre todas as nações (2 Sm 7.12-17; Dn 2.44). Ele recebeu todo o poder nos céus e na terra (Mt 28.18). João O viu, quando estava na ilha chamada Patmos, e O descreveu da maneira que se segue: “... E estava vestido de uma veste salpicada de sangue, e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus. E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestido de linho fino, branco e puro. E da sua boca saía uma espada aguda, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor da ira do Todo-poderoso. E na veste e na sua coxa tem escrito este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES” (Ap 19.13-16).