sábado, 17 de novembro de 2012

A importância da oração III

A oração e a ação do Espírito Santo na vida do crente

Toda vez que orava, o Espírito vinha ajudar-me a orar, tomando minha linguagem coreana e substituindo-a por uma linguagem celestial que eu jamais aprendera. Sabia que o meu espírito se tornara um com o Espírito Santo, e eu podia orar durante uma hora inteira ou mais com a maior facilidade.    David Yonggi Cho.

O Espírito Santo é o intercessor que nos socorre na oração. A comunicação entre o Deus infinito e a criatura finita seria impossível se não fosse a intervenção da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. É Ele quem nos guia neste processo, inspirando e comunicando vida às nossas orações, de forma a expressarmos ao Pai celeste os profundos sentimentos de nossos corações, inexprimíveis pelos recursos humanos. Se o Consolador não nos ajudasse a falar com Deus, nossas preces seriam como as dos fariseus, totalmente desprovidas de vida. Por isso é importante que, ao entrar na presença de Deus em oração, o crente esteja consciente de que não está sozinho, pois a Bíblia ensina que temos um intercessor, o qual orienta-nos a falar com o Pai celeste e intervém em nosso favor com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26).

Precisamos considerar que as nossas orações são motivadas por uma montanha russa de emoções. Também po ação de graças e louvores, mas principalmente por embate (Gn 32.24-31), conflitos internos (Sl 73.16,17) e confronto com forças espirituais (Dn 10.12,13). Às vezes traduz uma tentativa desesperada de apaziguar o conflito entre a carne e o espírito, ou a procura de proteção e armadura contra as hostes espirituais da maldade (Ef 6.12ss), até mesmo a busca de força para conformar a própria vontade à vontade de Deus (Lc 22.41,42).

O escritor Philip Yancey apreende esse estado de espírito flutuante em seu comentário sobre as orações no livro dos Salmos:

O livro de Salmos dá exemplos de pessoas comuns, lutando freneticamente para harmonizar a crença que nutrem a respeito de Deus com o que estão experimentando no dia a dia. […] Este livro contém os diários angustiantes de pessoas que queriam crer num Deus bom, amoroso e fiel, enquanto o mundo continuava desabando à sua volta.
Em momentos assim, o Espírito Santo nos assiste em nossas orações: “Da mesma maneira também os Espírito ajuda as nossas fraquezas, porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26). Normalmente períodos de grandes aflições redundam em experiências profundas para o crente, quando ele sente bem de perto a ação intercessória do Consolador.

Nos momentos derradeiros do ministério de Cristo, Ele confortou os seus discípulos, garantido que eles não estariam sozinhos depois de sua partida, mas haveria de enviar o Espírito Santo, o qual – disse Jesus – “habita convosco e estará em vós” (1Jo 14.17). Depois da ressurreição, o Senhor Jesus cumpriu a promessa integralmente quando assoprou sobre eles e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo” (Jo 20.22).

Finalizando, o crente salvo em Jesus é templo do Espírito Santo (1Co 6.19). Isso significa uma intimidade que excede em profundidade qualquer outra relação humana, porque o que está em nós conhece todas as nossas necessidades, anseios, pensamentos, falhas, sentimentos, desejos, frustrações e intenções, e é Sua ação que promove as características de Cristo em nós (Gl 5.22-25), renovando o nosso entendimento e nos conformando à boa, perfeita e agradável vontade (ver Rm 122).

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